A Gestão da sua empresa é verticalizada ou horizontal?

Há pelo menos cinco anos, destaco nas minhas palestras a seguinte frase:

Não vão mais existir empresas divididas por categorias.

“Todas serão empresas digitais, atuando em vários segmentos sem “precisar” dominar todos os estágios do negócio

(produção, distribuição, vendas, atendimento)

Esta percepção tem se comprovado cada vez mais quando analisamos os projetos de transformação digital em curso na maioria das empresas brasileiras. Pelo menos, aqueles projetos que tem dado resultado, pois já existem pesquisas que apontam que 70% das empresas falham em suas Estratégias de Transformação Digital de maneira recorrente. E porque falham? Porque falta:

👉Conhecimento,

👉Experiência, de quem é o responsavel,

👉Metodologia, e claro…

👉Resultados!

Para entender esta situação e, mais ainda, o porque do título deste artigo – A Gestão da sua empresa é verticalizada ou horizontalizada? – precisamos entender os três elementos da Transformação Digital.

💡Transformação da EXPERIÊNCIA DO CONSUMIDOR

👉Entender o cliente

👉Definir novos pontos de contato

👉Identificar novas formas de comunicação

💡Transformação dos PROCESSOS OPERACIONAIS

👉Mapear os Processos (rever, atualizar, transformar)

👉Capacitar o Colaborador

👉Gerenciar Performance

💡Transformação dos MODELOS DE NEGÓCIOS

👉Novos Modelos de Negócios

👉Novas formas de medir Resultados.

Uma organização verticalizada é definida como o tipo de estrutura com modelo hierarquizado de cima para baixo, com o empreendedor/fundador e/ou sócios determinam como o negócio irá funcionar – processos internos e externos, comunicações e relacionamentos – e serão executados dentro do fluxo de trabalho, a partir dos cargos gerenciais (gerentes, coordenadores supervisores, etc…) que nascem à medida que o negócio cresce.

Nos andades abaixo, fazendo uma analogia com um prédio (por isto a imagem do artigo), vão “nascendo” as demais funções, sempre subordinadas a alguém do andar superior, ou seja, são empresas com estrutura funcional totalmente verticalizadas com uma hierarquia de poder/mando bem definidas, de cima pra baixo.

Quanto maior a organização, maior será a verticalização das atividades, com o nascimento de departamentos. Ao contrário de uma organização horizontalizada, este tipo de empresa, carrega no seu modelo operacional as responsalidades por departamento, ou seja, cada setor é responsável por aquilo que foi definido lá no organograma da empresa.

Quer um exemplo?

exemplo 01: Quantas vezes você ligou para uma empresa e ouviu do outro lado da linha, alguém dizer que este assunto não era com ele?

exemplo 02: Quantas vezes você precisou de uma informação na empresa e alguém respondeu que isso era responsabilidade de outro setor?

O que estes dois exemplos nos mostram?

Que empresas verticalizadas possuem seu modelo operacional a busca de resolver os problemas de acordo com as responsabilidades de cada departamento. Em 99,9% dos casos não é o cliente que está no centro dos propósitos dos departamentos. Comumente se ouve, “você precisa ligar para o setor de relacionamento com cliente, para resolver SEU problema”. Esta atitude é típica de uma organização verticalizada, onde o principal nunca é resolver o problema do cliente e sim do seu departamento.

Não vou aprofundar esta questão do “cliente no centro das decisões”, pois já abordei esta questão em outro artigo (leia aqui: Sobrevivência, Adaptação ou Transformação?).

Aqui se escanra o conflito entre empresas verticais e os dois primeiros elementos da Transformação Digital (Clientes e Processos)

Todos falam, falam, falam o tempo inteiro que a Transformação Digital não é sobre tecnologia em sim sobre pessoas. É a famosa frase “chover no molhado” que ninguém mais quer ouvir, ler e muito menos assistir numa palestra ou curso, correto?

Então se todos já sabem tá hora de passar pro “COMO FAZER”, que é a parte onde é preciso separar as crianças dos adultos, como diz aquele narrador de MMA, no momento da luta entre o Campeão e o Desafiador.

E o “COMO FAZER” me remete a uma das principais competências do profissional do futuro: Execução Inovadora. (leia o artigo “Competências do Profissional do Futuro“, onde detalho as cinco principais competências)

E como EXECUTAR não depende só de uma decisão administrativa ou um comunicado por e-mail, chegamos ao momento que a Transformação deixa de ser superficial, como acontece com os projetos de digitalização que primeiro pensa na solução e não no problema.

E isto me traz a uma frase famosa de um dos maiores empreendedores da era moderna – Iuri Levine – que traz na sua camiseta como ele pensa transformação digital: “apaixone-se pelo problema e não pela solução”.

Sugiro inclusive que você leia o artigo #InsightsTransformadores com Uri Levine, produzido em parceria com o Luiz Gustavo Rosa, que esteve comigo na Espanha participando do DES2022.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Simples não?  Claro que não.

Depende de mudanças profundas nos processos das empresas e isso sempre irá enfrentar rejeições internas dos departamentos e na maioria dos casos das chefias, gerentes e outros cargos de controle. Sim, empresas que possuem muitos cargos de chefias (supervisores, coordenadores, gerentes, etc…) são empresas verticalizadas que quanto mais crescem mais verticalizam seus processos, ficam mais presos aos modelos mentais de gestão do passado, com decisões sendo tomadas por quem não participa do processo e por este motivo, menos querem inovar de verdade. Ficam só na superfície da transformação digital e nunca avançam numa transformação do negócio.

É só olharem os organogramas destas organizações. São verdadeiros arranha-céus, empilhando cargos de controle ao invés de horizontalizarem suas operações, colocando o cliente no centro dos processos.

Este é o ponto principal deste artigo, que também já tenho destacado nos anteriores.

“Deveriamos promover uma Transformação do Negócio e não somente digitalização da empresa.”

E quero deixar um recado aos líderes empresariais que ainda não entenderam isso:

Não percam a oportunidade única na história da humanidade de transformarem seus negócios em empresas do Futuro. Futuro que será contado a partir dos relatos dos que entenderam o recado.”

Quer conversar mais sobre este tema?

Me convide para um café ou me contrate para um evento na sua empresa.

Será um prazer compartilhar mais #insightstransformadores com você.

Autor: Paulo Kendzerski

Presidente do Instituto da Transformação Digital – ITD,

Conselheiro Certificado de Gestão e Inovação,

Mentor de Negócios Inovadores certificado pela ANPROTEC,

Fundador e CEO da agência WBI ON LIFE, desde 2000,

Conselheiro no COMCET – Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Porto Alegre/RS

Membro do Enterprise Europe Network,

Especialista na construção de Ecossistema de Negócios,

Consultor em mais de 500 projetos de inovação,

Prêmio “Campanha Destaque Google 2015”,

Autor do livro “Web Marketing e Comunicação Digital” (2 edições – 2005 e 2009),

Coautor do livro “Impressão Digital. A tecnologia a serviço da Comunicação,

Coautor do livro “Gigante de Vendas.

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