Argentina avança com nova rota marítima para o comércio exterior

Governo promove dragagem do Canal Magdalena para melhorar tempo de navegação, reduzir custos e dar mais autonomia ao comércio marítimo

A Argentina prepara uma licitação internacional para a construção do Canal Magdalena, rota que oferecerá um novo acesso aos navios que entram ou saem do Rio da Prata e da hidrovia Paraná-Paraguai — que liga cinco países da América do Sul e por onde passa 75% do comércio exterior argentino. Embora considerado um impulso estratégico por seus proponentes, o projeto Magdalena foi recebido com ceticismo e dúvidas.

Embora o Rio da Prata seja largo e profundo em sua foz, no Atlântico, as águas rasas e o estreitamento das margens na Argentina e no Uruguai criam um gargalo à navegação. Hoje, todos os navios que entram e saem do rio — inclusive os que vêm de portos argentinos na costa atlântica — têm apenas uma opção: o canal de Punta Indio, uma rota de 95 km de extensão, que passa pelas águas uruguaias próximas a Montevidéu.

A construção da rota de Magdalena modificaria um canal natural no Rio da Prata, que corre em paralelo às margens de Buenos Aires. O custo da dragagem para levá-lo a 11 metros de profundidade e 150 metros de largura, bem como seus custos de sinalização e manutenção, estariam entre US$300 milhões e US$500 milhões.

“Qualquer navio que queira entrar nos portos fluviais argentinos pelo Rio da Prata tem que passar por uma área administrada pelo Uruguai e que, em termos de soberania, é um ponto central para promover o Canal Magdalena”, diz Florencia Di Prinzio, analista econômica do Centro de Economia Política Argentina (Cepa).

O Cepa publicou recentemente um relatório argumentando que o Canal Magdalena é uma rota alternativa à Bacia do Prata e que traria benefícios socioeconômicos à Argentina.

Entre os principais benefícios destacam-se a redução dos tempos de navegação e dos custos para os serviços de navegação nacional; o aumento da receita dos serviços prestados exclusivamente pelo Uruguai; e a melhor conectividade fluvial e marítima. O canal daria maior autonomia ao comércio exterior da Argentina, já que as remessas não teriam mais que passar pelas águas uruguaias.

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