Resiliência, planejamento e foco em ESG são fatores determinantes para o sucesso das cadeias de suprimentos

Viver em um mundo conectado e globalizado é também compartilhar os desafios e impactos de uma rede integrada. Os últimos três anos trouxeram exemplos significativos deste grande fenômeno, destacando a complexidade de se adaptar perante uma instabilidade da cadeia global. De um navio encalhado à uma guerra entre potências, ou até mesmo uma pandemia, o que poderia ser tratado anteriormente como uma ameaça distante, hoje chama atenção na capacidade dos negócios serem resilientes. Os consumidores observam distantes esse impacto no supply chain, mas veem os preços finais aumentarem e o poder de compra das famílias ser reduzido. Estar ou não preparado para novas ameaças, rupturas e pressões inflacionárias será o diferencial de destaque ou ruína dos negócios nos próximos anos.

Com o comportamento dos preços de alimentos e bebidas, de combustíveis e matérias-primas dos últimos três anos é possível observar uma crescente nas curvas de preços a partir do segundo trimestre de 2020, com o início da pandemia. Entretanto, tais preços continuam sendo impactados mesmo após a volta da normalidade, devido à inflação global causada pela guerra da Ucrânia, realocação de investimentos para a transição energética para fontes mais sustentáveis, eventos de rupturas da cadeia de abastecimento com o acidente no Canal de Suez e lockdowns na China – disparando o preço do petróleo, oferta de insumos e alimentos e comprimindo os rendimentos das famílias.

A herança da pandemia, associada à alta da inflação, diminuíram drasticamente os níveis de consumo globais, trazendo instabilidade, altas de estoque e um consumidor mais preocupado e seletivo. Todas essas incertezas econômicas despertam uma ansiedade no cliente, que passa a enxergar os fatores disruptivos como parte do novo normal. Pesquisas de consumo da EY indicam que caiu para 53% o número de pessoas que acreditam na manutenção da sua perspectiva de vida nos próximos 3 a 4 meses, ao mesmo tempo que 67% destes dizem pensar muito sobre o futuro e o que realmente importa para eles.

Os consumidores estão cada vez mais conscientes e insensíveis ao impacto psicológico de eventos disruptivos, o que os torna mais resilientes às crises existentes, mas igualmente mais cautelosos sobre possíveis novas crises. Isso impulsionará hábitos de consumo que priorizam o valor sem comprometer a qualidade, experiência ou propósito. É essencial que as empresas se preparem para uma rápida adaptação para o agora, mas pensando na relevância que terão no futuro.

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