Brasil precisa enfrentar falta de competitividade de sua indústria e do comércio exterior, diz Tatiana Prazeres

O Brasil precisa enfrentar o problema de falta de competitividade de sua indústria para ampliar suas exportações de bens de maior valor agregado, disse nesta terça-feira, dia 07, a Secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres, durante evento de lançamento do estudo “Exportações dos Estados Brasileiros para a China: Cenário Atual e Perspectivas para Diversificação” pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Segundo ela, o problema não está em vender produtos básicos para a China, mas na dificuldade de incluir na pauta exportadora brasileira produtos que tenham maior valor agregado e conteúdo tecnológico, por conta da perda de competitividade da indústria no plano internacional.

“O fato de a China ser um grande importador de produtos brasileiros não é um problema e não deve ser visto como tal, isso é uma oportunidade. O alto grau de concentração das exportações é o que preocupa, além da perda de relevância do Brasil em mercados que tradicionalmente são destinos de exportação de produtos de maior valor agregado”, ponderou Prazeres.

Mas a Secretária de Comércio Exterior defendeu uma visão realista e ressaltou que o comércio sino-brasileiro não mudará no curto prazo. Segundo ela, o que se pode fazer é investir de forma efetiva em nichos, setores e produtos que apresentam oportunidade de exportação para o gigante asiático apresentados pelo estudo do CEBC.

Escrito pelo especialista em comércio exterior, Fabrizio Panzini, traz uma lista de 216 bens com potencial de ampliação das vendas para a China nos próximos anos, o que aumentaria a diversificação das exportações. A variação dos embarques para a China até 2030 dos produtos identificados como oportunidades (216) seria de 76,2%, saindo de US$ 58,9 bilhões, na média anual de 2017-2020, para US$ 103,4 bilhões.

Ou seja, o país expandiria suas vendas em US$ 44,5 bilhões ao país asiático apenas para o universo de produtos considerados como oportunidades mais evidentes. E todas as regiões e entes federativos do Brasil apresentam oportunidades de diversificação das exportações para a China.

Os debatedores concordaram que um dos caminhos para ampliar a diversificação das exportações para o país asiático é a maior participação das pequenas e médias empresas nos embarques para a China, inclusive por meio do e-commerce. Igor Isquierdo Celeste, Gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil, revelou que a China é o segundo maior mercado em termos de valores exportados por micro e pequenas empresas brasileiras, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2021, esse segmento vendeu U$316 milhões para o país asiático, o que correspondeu a 9,3% de suas exportações para o mundo.

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